ConectaRede impulsiona a Transformação Digital das Instituições de Ensino Tecnológico Brasileiras
Iniciativa do MEC conta com apoio da RNP para levar tecnologia de ponta, capacitação e economicidade para mais de 41 Institutos brasileiros que enfrentam os desafios de garantir modernidade e eficiência para alunos, professores e pesquisadores.
Já é senso comum que a pandemia de COVID-19 trouxe mudanças significativas para o Ensino e a Pesquisa. As medidas restritivas aceleraram o avanço do Ensino à Distância (EAD), bem como a adoção de recursos de colaboração e tecnologias digitais no dia a dia desses setores. Com o fim das restrições e o retorno do mundo ao “normal”, ficou também uma outra certeza: a Transformação Digital se tornou um caminho sem volta. Isso representa um desafio grandioso aos gestores de TI, que passaram de agentes de suporte a protagonistas do segmento.
Foi para auxiliar nesse complexo processo de evolução digital que o Ministério da Educação, em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), criou o ConectaRede, um programa composto por um conjunto de projetos para estimular e promover a Transformação Digital de toda a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica Brasileira. Hoje, essa rede é composta por 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF), dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), 22 Escolas Técnicas ligadas a Universidades Federais e o Colégio Pedro II.
"Um exemplo é o Diploma Digital, que já é utilizado por universidades, mas não contava ainda com uma versão adaptada ao universo do ensino técnico. Essa é uma das funções do ConectaRede". Roosevelt Benvindo de Oliveira, Gerente de Soluções da RNP.
Segundo o Gerente de Soluções da RNP, Roosevelt Benvindo de Oliveira, promover a Transformação Digital é muito mais do que oferecer soluções de ponta. É preciso entender a realidade de cada instituição para poder detectar e implementar aplicações inovadoras que ainda não existem, mas que já são uma demanda das instituições. “Um exemplo é o Diploma Digital, que já é utilizado por universidades, mas não contava ainda com uma versão adaptada ao universo do ensino técnico. Essa é uma das funções do ConectaRede. A partir da proximidade com essas instituições, identificamos as necessidades e podemos criar bibliotecas virtuais com diversas outras soluções que ainda não existem, mas que podem ser desenvolvidas pelo programa”, explica.
Outro ponto fundamental do projeto é promover a capacitação dos gestores de TI, assim como modernizar a infraestrutura das Instituições, como forma de criar o ambiente ideal para a inovação. “Ao apresentarmos novas tecnologias e auxiliarmos na implementação, abrimos um campo fértil para a Transformação Digital nos Institutos, porque o corpo técnico de TI ganha a oportunidade de focar na busca pela inovação e na prospecção do novo, ao invés de se desgastar com atividades voltadas para o básico, como administrar o backup ou o Moodle”, detalha Oliveira.
Contato direto com as instituições
Um dos fatores de sucesso para a atuação do ConectaRede é a proximidade com os integrantes da Rede Federal de Educação. Para Oliveira, é nesse convívio que se mostra a importância das soluções disponíveis e, ao mesmo tempo, se descobre quais são os novos processos e projetos necessários para serem desenvolvidos. Para o Gerente da Área de Serviços para Educação da RNP, Marcelino Nascente Cunha, a proximidade e a unidade entre as instituições é justamente um dos maiores desafios. “O desafio é absurdamente grande, afinal, existem Institutos Federais com mais de 30 campis, com a possibilidade de terem até 30 mundos diferentes de TI. Nossa missão é criar um modelo único, que gere benefícios a todos”, explica.
Oliveira reforça que uma das premissas para a existência do programa é que ele deve ofertar soluções em rede, então não se pode pensar em uma Instituição apenas. Todo o estudo e avaliação de cenário deve levar em consideração a realidade completa do setor, para que as políticas e benefícios possam ser estendidos a todos. “Precisamos trabalhar com esta dinâmica de rede, para que possamos, ao mesmo tempo, trazer inovação e promover um desenvolvimento coletivo dos Institutos que vai resultar em benefícios para professores e alunos. O que não significa que podemos ignorar fatores individuais, como a realidade orçamentária de cada um. É nesse ponto que a RNP entra como parceira estratégica do ConectaRede”, explica.
A partir de suas metodologias de Discovery e dos diversos eventos e treinamentos que desenvolve, a RNP, cria a ponte para que a realidade dos Institutos seja captada, analisada e tenha as suas necessidades atendidas pelo Governo Brasileiro. “Essa é uma oportunidade única de fazer com que toda essa Transformação Digital não apenas aconteça, como se torne perene do ponto de vista do MEC. Que se torne uma política pública onde o Ministério, por meio da RNP, disponibilize plataformas e serviços digitais para os Institutos de forma econômica. Isso porque, ao contratar de forma coletiva, obtém-se muito mais economicidade e eficiência do que em uma compra individualizada”, aponta Cunha.
Segundo ele, com o ConectaRede, todos os Institutos passarão a contar com soluções de mercado que vão estar sempre no auge da tecnologia existente, com versões sempre atualizadas. Logo, o programa promoverá a desoneração dos custos com equipes e equipamentos, com a garantia de que todos os processos estão sendo feitos de forma correta. O resultado é que os Institutos passam a contar com suas equipes de TI voltadas para o negócio e, por isso, ganham alto valor agregado. Para Oliveira, esse é o papel fundamental da RNP na iniciativa. “Existe uma sinergia muito grande entre a proposta do ConectaRede e a RNP. Ele já oferece novos serviços para todo o ecossistema de ensino e pesquisa brasileiro. Logo, promove uma atuação em rede de todo o setor. A escuta ativa que a RNP já desenvolve nos permite entender de uma forma organizada quais são as necessidades dessas instituições. Toda a metodologia já aplicada para esse fim gera muitos benefícios para o programa como um todo”, conclui Oliveira.